quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

MISTUREBA

É, agora de fato o ano começou. Acabou o carnaval.
Eu gostaria muito de ter viajado nesse feriado, de preferência para um lugar calmo, porque não gosto do carnaval e nem do que as pessoas fazem nessa época.
Parece que tudo que as pessoas abominam o tempo todo, no carnaval "tá liberado!"
E, as vezes, me pego analisando o perfil de pessoas que nem conheço, tentando achar uma explicação para as atitudes delas...(e quem sou eu?)
Com o tempo vocês perceberão que eu ainda estou em fase de descobrimento de mim...
Acredito que cada dia de vida é um presente e cabe somente a nós escolhermos como será o final dele.
Quando alguém está disposto a nos tirar do sério, deveríamos praticar a técnica da contagem (é aquela mesma que nossa mãe usava: vou contar até cinco pra você me obedecer!) e assim racionalmente passados alguns segundos, nossa resposta pode até ser dura, mas com certeza, não será totalmente irracional.
A maioria das palavras mal interpretadas ou faladas foram ditas por alguém na hora do impulso. Isso conta também para atitudes.
No carnaval as pessoas fazem coisas que (tomara que seja fato) se arrependem depois.
Imagino quantos casamentos são desfeitos, quantos acidentes gerados e mães desconsoladas por atitudes impulsivas e irracionais dessa época.
Já disse que amo ler?
Leio muito. Uma vez estava lendo um livro que falava de um grupo de terroristas de uma guerra interna que tinha na Espanha (fictício). O autor descreveu o líder deles como uma pessoa fria e distante...tinha tido uma infância apressada pela desgraça que o cercava e tinha visto sua mãe ser assassinada bem na sua frente com três anos de idade, pelo grupo da oposição. Não teve dúvida, sua "profissão" estava escolhida aos três anos: seria um líder terrorista e frio o suficiente para fazer o mesmo com os outros.
Fiquei escandalizada comigo mesma quando me peguei sentindo pena desse personagem.
Nem de longe simpatizo com atitudes violentas e nem procuro justificativa para isso, mas tenho a feliz (ou infeliz?) mania de sempre, desde algo sem importância até os mais sérios, me colocar no lugar do outro.
Ah, e quem vendo alguma injustiça com aquele que ama, não tem ou teve vontade de agir?
Acredito que todos, e aí é que deixamos nossa marca, nosso diferencial.
O que nos torna humanos de verdade não são nossas reações a situações humanas, mas sim nossa reação à todas as ocasiões desumanas e oportunidades que temos. Isso vale para ocasiões e oportunidades ruins e boas também.
Alguém costuma dizer que, as oportunidades boas passam bem na nossa frente como um ponteiro de relógio que marca as horas, e dá uma volta de 360 ° até voltar até nós novamente.
As oportunidades ruins estão a todo o momento passando como o ponteiro que marca os segundos.
Já tive várias oportunidades de fazer coisas erradas, e fico feliz por não ter feito. (Eu contei até cinco!)
Bom, eu acabei fazendo uma saladinha neste post, mas assim vocês descobriram um pouquinho de mim.

Até mais,

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