sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Oi

Queridos Leitores
A pergunta que não quer calar é:
Alguém, de fato, lê esse blog?

Pelo sim, pelo não, vou continuar escrevendo, ok?
Talvez escreva menos do que eu gostaria, mas podem acreditar, escrevo de coração...

Ultimamente parece que perdi minha identidade...
Ontem me olhei no espelho e me assustei. Estava de pijama, e fui ao banheiro para jogar algo no lixo e sem querer me olhei no espelho. Meu rosto estava assustadoramente bonito. Foram poucas vezes que admiti isso, mas eu estava linda.
E perguntei pra mim mesma: Quem é você?
E não tive resposta. Apesar de bonita, pude ver no fundo dos meus olhos uma tristeza sem dono. Estava ali simplesmente. Sem convite. Foi chegando imperceptivelmente e quando me dei conta, parece que já faz de mim sua casa.
Onde eu estou? Porque aquele olhar não era meu. Não é meu.

Uma vontade louca me toma...
Uma vontade de ser quem eu sou de verdade.
Eu (eu mesma) sou feliz. Divertida. Cheia de vida e otimista.
Alguém (na adolescência) já leu, de Voltaire, Cândido ou o Otimismo?
Pois é, quando li esse livro, ainda menina, me senti o Cândido. Eu (eu mesma) pareço com ele.

Essa que está morando em mim, não.
Não acredita mais  nas pessoas. É amarga totalmente. Não tem amigos, porque não confia em ninguém para dividir suas experiências e medos.
Não credita nem que eu posso expulsá-la da casa que não é sua.

Será que alguém acredita?

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